domingo, 4 de setembro de 2011

Algumas ações do governo referente ao Reflorestamento

Nos oito anos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2002-2010) foram criadas 270 unidades de conservação (UC), sendo destas 96 federais e 174 estaduais, além da ampliação de mais 20 unidades federais. Esses números representam, ao todo, o equivalente a 695.363 km² de novas áreas protegidas no país. Muitos desses méritos foram conquistados durante a gestão de Marina Silva frente ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), de 2003 a 2008. Mesmo levando em conta o fator tempo e os esforços da ministra Izabella Teixeira, o atual governo de Dilma Rousseff tem demonstrado que não pretende seguir o caminho de seu antecessor. 

As sinalizações desses primeiros meses apontam que não há ainda uma política voltada para a criação e gestão dessas áreas e, mais do que isso, demonstram maior interesse na alteração/redução dos limites de unidades já existentes, principalmente na Amazônia, por conta de obras de infra-estrutura de grande porte. Tal intenção acontece em um momento em que o Brasil sofre grande pressão internacional por conta do aumento no desmatamento, relacionado à aprovação da proposta do novo Código Florestal na Câmara dos Deputados, e do licenciamento da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará.

De acordo com reportagem do jornal Folha de São Paulo de 07 de junho de 2011, o governo pretende reduzir sete unidades de conservação no bioma para permitir a construção de seis hidrelétricas, uma delas sendo a quarta maior do país. O palco da nova investida energética do Planalto é a região da BR-163, no Pará, no vale dos rios Tapajós e Jamanxim, uma das áreas mais preservadas e de maior biodiversidade da floresta.

Para especialistas, as diferenças de gestão nos governos de Lula e Dilma no que tange ao meio ambiente e às áreas protegidas se dão, principalmente, por conta de uma conjuntura histórica. Entre 2003 e 2009, durante a era Lula, o índice de desmatamento na Amazônia caiu 74,4%. A taxa de devastação florestal chegou a 7 mil km², o menor índice já registrado desde 1998, quando foi iniciada a medição. Já no segundo mandato, o impulso pela proteção foi freado, principalmente pelo desenvolvimento de obras faraônicas como as usinas hidrelétricas no rio Madeira e projetos polêmicos de asfaltamento de estradas.

Os méritos da gestão Lula/Marina

Segundo o líder da Iniciativa Amazônia Viva da Rede WWF, Claudio Maretti, o governo de Fernando Henrique Cardoso e os dois governos de Lula foram momentos decisivos: “Foi quando nós fizemos o que eu chamo de definição do mapa da Amazônia, foi nessa fase que o país traçou em grandes linhas o zoneamento ecológico/econômico de fato”.

Já para Maurício Mercadante, que foi Diretor de Áreas Protegidas do MMA de 2003 a 2008, durante a gestão da Marina, havia uma situação particular naquele momento, que facilitou a criação de novas áreas. “O crescimento do desmatamento estava fora de controle à época. Então, criar áreas protegidas na Amazônia fazia parte de uma estratégia de derrubada do desmatamento. Essa era uma questão fundamental para a Marina, boa parte da energia e da capacidade de trabalho do ministério foi direcionada para isso”, afirma.

Havia uma política, então, mas que deixou de ser apenas uma proposta do Ministério. “A Marina conseguiu levar isso para dentro da Casa Civil, fazendo com que a estratégia passasse a ser de todo o governo”, disse Mercadante. Para ele, essa foi a diferença fundamental. O ex-diretor defende que só é possível levar uma política adiante se estiver nos planos do governo como um todo, inclusive unindo as demais esferas estaduais e municipais.

“Outro elemento fundamental são as UCs estaduais, que foram criadas na mesma época. Não tanto as que foram criadas no estado do Amazonas, que tinha uma política própria de criação de unidades, mas sobretudo no Pará. Todas as áreas criadas, que somaram quase 20 milhões de hectares, se devem principalmente a esse movimento federal capitaneado pela Marina.”
Áreas que necessitam de Reflorestamento:



quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Exigências ambientais aquecem mercado de reflorestamento

O aumento das exigências ambientais está movimentando os negócios de mudas de espécies nativas. O reflorestamento ? planejado e não mais improvisado ? passou a ser exigido para uma série de empresas como forma de compensação ambiental. Com isso, o setor vem aperfeiçoando seus serviços e ampliando as vendas.


A Bio Flora produz em Piracicaba, no interior de São Paulo, de três a quatro milhões de mudas por ano. Entre os clientes, estão várias usinas, cervejarias, companhias que precisam fazer ajustes ambientais ou mesmo que estão interessadas em ações de reflorestamento.

André Gustavo Nave, diretor da empresa, acredita que, no cenário atual, ainda há muito espaço para um aumento da demanda por mudas. A Bio Flora produz 200 espécies de árvores ? para a recuperação de florestas, a atual legislação ambiental prevê o uso de, no mínimo, 80 espécies.

"Com as atuais exigências, nossos clientes têm aumentado e mudado. Hoje eles precisam ter mais informações para poder fazer o reflorestamento de forma correta", afirma Nave.

Também do setor de mata nativa, a Tropical Flora, reflorestadora da cidade de Garça, no interior de São Paulo, tem um perfil diferente: boa parte de suas três milhões de mudas é destinada ao mercado madeireiro. Isso significa que seus clientes plantam espécies para colher, no mínimo, daqui a 15 anos.

"Foi uma maneira de unirmos a questão ambiental com algo que desse retorno financeiro. Pelo menos assim, não vão destruir árvores na Amazônia", comenta Rodrigo Ciriello, diretor comercial da Tropical Flora.

A empresa, criada há sete anos, pertence a um grupo familiar que existe há 30 anos e se dedicava ao plantio de café e criação de gado.

Hoje, porém a Tropical Flora é o principal negócio. Além de fornecer as mudas, eles também fazem projetos de atualização da mata legal.

CRISE

A Camará, em Ibaté, também no interior de São Paulo, tem capacidade de produção de 15 milhões de mudas por ano. No seu caso, as espécies nativas ainda são a minoria: cerca de três milhões, enquanto, de eucalipto, são 12 milhões de mudas.

No entanto, com a crise do setor de celulose no ano passado, enquanto a produção de eucalipto caiu para um terço, ou seja, quatro milhões de mudas, a de nativas quase não sofreu, chegou a subir um pouco, aproximando as duas produções. O número de funcionários acabou sendo também reduzido, mas pode voltar a crescer agora.

"O faturamento caiu 40% em 2009. Como já estamos acostumados com essas mudanças, pois trabalhamos para atender a demanda de grandes clientes, conseguimos sair bem. Agora a tendência é voltar ao resultado de 2008", comenta o sócio-proprietário da Camará, Carlos Nogueira.

A empresa fornece cerca de 70% das suas mudas para São Paulo. Os maiores clientes de espécies nativa são hidrelétricas que fazem programas ambientais.

O custo das plantas varia: a nativa custa R$ 0,60; o eucalipto, R$ 0,30. "Chegamos a pensar em diminuir o plantio de nativas, mas acabamos desistindo. De uns 4 anos para cá, houve um aumento significativo na venda dessas mudas", diz Nogueira.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Exemplos de reflorestamento no Brasil

Reflorestamento da Amazônia

 
reflorestamento-da-amazonia.jpg
A Amazônia é a maior floresta do mundo, uma verdadeira riqueza natural para o nosso país. Apesar de deslumbrante, a área tem sido afetada pela ação do homem e tendo assim sua mata prejudicada. As Organizações Ambientais atuam no combate ao desmatamento e as queimadas, mas o problema ainda está longe de ser solucionado.
A devastação da Amazônia acontece devido as atitudes ilegais tomadas pelas madeireiras, essas empresas lideram o corte de arvores em áreas proibidas. Muitos pontos da floresta também estão sendo prejudicados pelas queimadas, o fogo abre espaço para que os pecuaristas da região possam criar gado.
Existem alguns projetos que visam o reflorestamento, cuja proposta é plantar arvores para manter o verde da floresta com o passar do tempo. A Amazônia tem um importante papel no equilíbrio do planeta, sendo considerada a maior reserva de água e também grande responsável pela produção de oxigênio.

O que é reflorestamento?

O termo reflorestamento tem sido utilizado para todo o tipo de implantação de florestas, porém não é correto falar em reflorestamento em uma área que nunca foi coberta por floresta. Por isso, o termo aplica-se apenas à implantação de florestas em áreas naturalmente florestais que, por ação antrópica ou natural, perderam suas características originais. Chama-se "florestamento" à implantação de florestas em áreas que não eram florestadas naturalmente. Os objetivos podem ser comerciais (produção de produtos madeireiros e não - madeireiros) ou ambientais (recuperação de áreas degradadas, melhoria da qualidade da terra etc.)
O reflorestamento é um ato de consciência ambiental que deve ser realizado com muita cautela, pois os resultados das intervenções, muitas vezes, podem ser contraproducentes.
Reflorestar significa: Replantar em um lugar onde houve devastação uma mata diferente da mata nativa da região.Tem seu lado positivo: O solo nunca fica sem nutrientes. E tem seu lado negativo: Aquela região fica sem sua mata nativa. Mas o melhor é a Regeneração, que é plantar em um lugar onde a mata foi desmatada, a mesma mata que foi devastada